
Pulgas Pule Fora!
Campanha de prevenção contra as Pulgas, realizada pelos acadêmicos do ICA/ UFMG Leandro Mendes de Carvalho, Leonardo Ferreira Brito, Gabriel Martins Afonso,. Orientador: Délcio César Cordeiro Rocha
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Doutor Zoo
2/20/2025

Pulgas Pule Fora!
Você sabia? Fique de olho nos sinais...









Campanha realizada pelos acadêmicos da Disciplina de Zoologia ICA/ UFMG
Leandro Mendes de Carvalho
Leonardo Ferreira Brito
Gabriel Martins Afonso



















Pulgas: O que São, Ciclo de Vida e Como Combater?
O que são pulgas?
Insetos pequenos (1–4 mm), sem asas, que se alimentam do sangue de mamíferos e aves.
· Principais espécies:
o Ctenocephalides felis (pulga do gato – a mais comum em pets).
o Ctenocephalides canis (pulga do cachorro).
o Pulex irritans (pulga humana).
o Xenopsylla cheopis (transmite peste bubônica).
As pulgas são insetos pertencentes à classe Insecta e à ordem Siphonaptera. Esses pequenos organismos são conhecidos por serem ectoparasitas, alimentando-se do sangue de mamíferos e aves. A característica mais marcante das pulgas é sua forma achatada lateralmente, que permite uma locomoção eficiente através da pelagem dos hospedeiros. A coloração das pulgas varia do marrom ao negro, e seu tamanho tipicamente oscila entre 1,5 mm a 3,3 mm. Essa redução em tamanho é uma adaptação importante que favorece sua sobrevivência e facilidade de se esconder em alojamentos animais.
Além de sua estrutura corporal única, as pulgas desenvolveram pernas traseiras extremamente robustas, proporcionando-lhes a habilidade de saltar longas distâncias. Essa capacidade de salto é fundamental para sua mobilidade e para a busca de hospedeiros. Com saltos que podem alcançar até 150 vezes seu tamanho corporal, as pulgas conseguem se mover rapidamente entre as diferentes superfícies e hospedeiros, facilitando a infecção.
As pulgas são conhecidas por sua adaptabilidade e resiliência em diversos ambientes, podendo ser encontradas em áreas costeiras, florestas e no interior de residências. Os estágios de vida das pulgas, que incluem ovo, larva, pupa e adulto, apresentam diferentes necessidades e comportamentos, refletindo sua eficácia enquanto parasitas. A presença de pulgas não apenas representa um incômodo para animais de estimação, mas também para seres humanos, uma vez que essas pragas podem ser vetores de doenças, colocando em risco tanto a saúde animal quanto a saúde pública. Portanto, entender a biologia das pulgas é crucial no desenvolvimento de estratégias eficazes para seu controle e erradicação.
Tipos de Pulgas
As pulgas são parasitas hematófagos que pertencem à ordem dos sifonápteros. Entre as diversas espécies de pulgas, as mais conhecidas são as pulgas de cães (Ctenocephalides canis) e as pulgas de gatos (Ctenocephalides felis). Ambas são predominantes no convívio com animais de estimação e apresentam características que as diferenciam em relação aos hospedeiros e ambientes onde podem ser encontradas.
A pulga de gatos, por exemplo, é considerada uma espécie mais prevalente em ambientes urbanos, destacando-se pelo seu comportamento adaptável e capacidade de infestar diferentes tipos de mamíferos. Enquanto isso, a pulga de cães tende a infestar principalmente cães, mas não é incomum que também atinja gatos e outros animais. Isso demonstra a flexibilidade dos hábitos alimentares das pulgas, que podem fazer a transição entre espécies de hospedeiros dependendo da disponibilidade.
Além das pulgas de cães e gatos, existem outras espécies relevantes, como a pulga da ratazana (Xenopsylla cheopis), que é mais comum em áreas submetidas a condições de insalubridade. Esta espécie se destaca pela sua preferência por ambientes urbanos e pela proximidade com a presença de roedores. A distribuição geográfica das pulgas varia, mas geralmente está intimamente relacionada às condições climáticas e à presença de animais que servem como hospedeiros.
O impacto das pulgas na saúde animal é significativo, podendo provocar reações alérgicas, anemia e transmissão de doenças. A infestação por pulgas representa não apenas um inconveniente, mas também um risco à saúde dos animais afetados e dos humanos que coabitam esses ambientes. Portanto, o conhecimento sobre as diferentes espécies de pulgas e suas preferências por hospedeiros é essencial para um controle efetivo, ajudando a mitigar os riscos associados a esses parasitas.
Ciclo de Vida das Pulgas
1. Ovo → Postos no hospedeiro ou ambiente (carpetes, camas).
2. Larva → Alimenta-se de detritos orgânicos (fezes de pulgas, pele morta).
3. Pupa → Protegida em casulo (pode sobreviver meses à espera de um hospedeiro).
4. Adulto → Emerge e busca sangue para se reproduzir (vivem até 100 dias).
O ciclo de vida das pulgas é composto por quatro etapas principais: ovo, larva, pupa e adulto. Cada uma dessas fases possui características específicas que influenciam a dinâmica populacional das pulgas. A primeira etapa, o ovo, é a fase inicial onde a pulga fêmea deposita seus ovos em locais estratégicos. Em condições ideais de temperatura e umidade, esses ovos podem se desenvolver rapidamente, levando de dois a dez dias para eclodir.
Após a eclosão, surgem as larvas, que são pequenos organismos brancos e finos que se alimentam de matéria orgânica, como fezes de pulgas adultas. Este estágio pode durar de sete a 14 dias, dependendo das condições ambientais. Um ambiente quente e úmido acelera o crescimento das larvas, enquanto locais secos e frios podem prolongar este período. É importante ressaltar que, durante esta fase, as larvas buscam abrigo para se proteger de predadores, frequentemente se escondendo em carpetes e fissuras no chão.
Em seguida, as larvas se transformam em pupas, uma fase em que elas se envolvem em um casulo protetor. Esta etapa pode durar de um a vários meses, dependendo das condições externas. O calor e a vibração podem ativar as pupas, sinalizando que um hospedeiro está próximo. Finalmente, quando as condições são favoráveis, as pulgas adultas emergem do casulo. O ciclo de vida é então fechado, com as pulgas adultas prontas para se alimentar do sangue de seus hospedeiros e iniciar o processo de reprodução. O entendimento desse ciclo é crucial para desenvolver estratégias efetivas de controle de pulgas, já que cada fase pode exigir métodos específicos de combate.
Transmissão
· Contato direto com animais infestados (cães, gatos, roedores).
· Ambiente contaminado (tapetes, sofás, jardins).
· Pulgas adultas pulam até 30 cm de altura para se fixar em um hospedeiro.
. Sintomas em Animais e Humanos
· Em pets:
o Coceira intensa (especialmente na base da cauda, pescoço).
o Queda de pelo, feridas, alergia à saliva da pulga (DAPP).
o Vermes (se ingerirem pulgas com larvas de Dipylidium caninum).
· Em humanos:
o Picadas agrupadas (geralmente pernas e pés).
o Coceira, vermelhidão, pequenas bolhas.
As pulgas são parasitas que se transmitem principalmente através do contato direto entre hospedeiros, como animais de estimação ou mesmo entre seres humanos. Elas podem saltar de um animal para outro, facilitadas por uma estrutura adaptada em suas pernas que lhes permite saltar distâncias impressionantes em relação ao tamanho do corpo. Quando um animal infestado por pulgas entra em contato com outro, há uma alta probabilidade de que as pulgas se transferiram, iniciando um novo ciclo de infestação.
Além disso, o ambiente propício para a proliferação de pulgas desempenha um papel crucial em sua transmissão. Ambientes úmidos e quentes, como jardins ou áreas de convivência ao ar livre, são ideais para o desenvolvimento de ovos e larvas de pulgas. Esses locais podem servir como um reservatório de infestação, favorecendo a sobrevivência das pulgas e aumentando as chances de contato entre diferentes hospedeiros. A infestação também pode ser provocada pelas pulgas que estão presentes em locais como carpetes, móveis e casacos de cama. Essas áreas são frequentemente negligenciadas durante a limpeza, permitindo que as pulgas se multipliquem e se espalhem.
Os seres humanos também desempenham um papel importante no ciclo de vida das pulgas. As pulgas podem se fixar em roupas ou calçados e serem transportadas para novos locais, onde podem infestar outros animais ou ambientes. Isto enfatiza a necessidade de medidas preventivas não apenas em animais, mas também em nossos próprios hábitos de higiene e limpeza.
Por fim, é essencial estar ciente dos riscos associados à transmissão de doenças pelas pulgas. Elas podem ser vetores de várias enfermidades, como a peste e a febre maculosa, que podem afetar tanto animais quanto humanos. Portanto, a compreensão dos mecanismos de transmissão das pulgas é fundamental para a implementação de estratégias eficazes de controle e prevenção.
Sintomas de Infestação por Pulgas
As pulgas são parasitas que podem causar uma série de reações em seus hospedeiros, tanto em animais de estimação quanto em humanos. Um dos sinais mais evidentes de uma infestação por pulgas é a coceira excessiva. Os animais, especialmente cães e gatos, tendem a arranhar, morder ou lamber as áreas afetadas na tentativa de aliviar a irritação. Esse comportamento pode ser um indicativo claro de que o pet está infestado por esses insetos.
Além da coceira, os animais podem apresentar vermelhidão e inflamação na pele, resultantes das picadas de pulgas. Essas picadas geralmente se localizam em áreas onde a pele é mais fina, como o abdômen, as axilas e atrás das orelhas. Muitas vezes, a irritação pode evoluir para feridas abertas, o que aumenta o risco de infecções secundárias, principalmente se o animal não cessar a automutilação. É fundamental observar, portanto, a presença de crostas ou secreções nesses locais, pois são sinais de que as feridas podem estar se tornando mais graves.
Nos humanos, as pulgas podem causar reações alérgicas, manifestando-se através de erupções cutâneas e coceira intensa nas áreas expostas, como pernas e pés. As picadas de pulgas frequentemente aparecem como pequenas manchas vermelhas, que podem se tornar dolorosas e inflamatórias. Além das reações cutâneas, alguns indivíduos podem desenvolver sintomas como irritabilidade e dificuldade para dormir, devido ao desconforto causado pelas picadas. Assim, é essencial estar ciente dos sinais de infestação e procurar tratamento adequado, tanto para os animais quanto para os seres humanos que possam ser afetados.
Diagnóstico de Infestações por Pulgas
O diagnóstico de infestações por pulgas em animais de estimação é uma tarefa que exige atenção cuidadosa e um entendimento dos sinais que podem indicar a presença desses parasitas. Veterinários estão equipados com diversas técnicas para identificar infestação por pulgas, que vão desde a observação clínica até métodos laboratoriais.
Um dos primeiros passos que um veterinário pode realizar é um exame físico detalhado do animal. Durante essa avaliação, ele observa a pele e o pelo em busca de sinais de pulgas, como coceira intensa, inflamação e secreção. Um indicador comum da presença de pulgas é o chamado “suor de pulga”, que se assemelha a pequenos grânulos escuros, resultado da excreção de fezes de pulgas. Este material pode ser identificado ao esfregar a pele do animal e observar os resíduos sobre um papel toalha umedecido. Se eles se dissolverem e adquirirem uma coloração vermelha, isso indica a presença de sangue digerido e sugere uma infestação.
Além disso, é crucial que os tutores estejam atentos a comportamentos incomuns em seus animais, como coçar excessivamente ou se arranhar repetidamente, pois isso pode ser um sinal indicador de infestação por pulgas. No entanto, é importante lembrar que esses sintomas também podem ser causados por outras condições dermatológicas ou infecções parasitárias, como sarna ou alergias. Portanto, um diagnóstico acurado frequentemente requer a experiência de um veterinário, que pode realizar testes adicionais, como raspagens de pele ou exames laboratoriais, para descartar outras causas e confirmar a infestação por pulgas.
Uma abordagem metódica e cuidadosa é fundamental nesse processo para assegurar que os animais recebam o tratamento adequado e que outras condições de saúde não sejam negligenciadas.
Tratamento
· Para animais:
o Antipulgas: Frontline®, Advantage®, Bravecto® (tópico ou oral).
o Coleiras repelentes (Seresto®).
o Banhos com shampoo antipulgas.
· Para o ambiente:
o Aspirar tapetes e lavar roupas de cama em água quente.
o Inseticidas específicos (como sprays com IGR – reguladores de crescimento).
o Pó de terra diatomácea (natural e eficaz contra larvas).
O tratamento de infestações por pulgas é essencial para garantir a saúde e o bem-estar de animais de estimação e seres humanos. Existem diversas opções disponíveis, que podem ser divididas em categorias como medicamentos, produtos tópicos e métodos de desinfecção do ambiente. Cada uma dessas abordagens desempenha um papel importante na erradicação das pulgas.
Primeiramente, os medicamentos orais para o controle de pulgas são uma escolha popular entre veterinários e tutores. Esses produtos geralmente atuam no sistema circulatório do animal, matando as pulgas ao longo do ciclo de vida. Exemplos incluem comprimidos que começam a agir rapidamente, eliminando pulgas adultas e ovos. É sempre recomendado consultar um veterinário para determinar a dosagem adequada e a melhor opção, considerando a saúde geral do animal.
Além dos medicamentos orais, os produtos tópicos também são bastante eficazes no combate às pulgas. Estes podem ser aplicados diretamente na pele do animal e incluem soluções em spray, pipetas e coleiras antipulgas. Esses produtos não só ajudam a eliminar pulgas presentes, mas também atuam como preventiva, criando uma barreira que impede a reinfestação. É crucial seguir as instruções do fabricante para garantir a eficácia e a segurança do uso.
Por último, mas não menos importante, a desinfecção do ambiente é uma etapa imprescindível no tratamento de infestações por pulgas. Isso envolve a limpeza cuidadosa de tapetes, móveis e áreas onde o animal costuma ficar, muitas vezes utilizando produtos específicos como inseticidas ou antialérgicos. Além disso, é recomendável lavar a cama do animal e passar aspirador nas superfícies regularmente para minimizar a presença de ovos e larvas. O tratamento deve ser integral, abrangendo tanto o animal quanto seu habitat, para um controle efetivo da infestação de pulgas.
Prevenção e combate
A prevenção de infestações por pulgas é um aspecto fundamental para garantir a saúde e o bem-estar de animais de estimação e das pessoas que convivem com eles. A adoção de práticas de higiene e cuidados regulares é a primeira linha de defesa contra essas pragas. É crucial que os proprietários mantenham os ambientes limpos, aspirando regularmente carpetes, sofás e outras superfícies onde as pulgas possam se esconder. Lavar a roupa de cama e os brinquedos dos animais com frequência também é uma prática recomendada.
Existem diversos produtos preventivos disponíveis no mercado que podem ajudar a combater as pulgas. Os tratamentos tópicos, como coleiras antipulgas e produtos em spray, são uma opção eficaz para proteger os animais. Além disso, a aplicação de produtos de controle ambiental, que atuam nas áreas onde os animais costumam passar mais tempo, pode ajudar a eliminar ovos e larvas que possam estar presentes no ambiente. Ao escolher produtos, é importante consultar um veterinário para optar por soluções que sejam seguras e adequadas para cada tipo de animal.
Os hábitos de cuidado com os pets também desempenham um papel crucial na prevenção de pulgas. Banhos regulares com shampoos específicos podem facilitar a remoção de pulgas já existentes e prevenir novas infestações. Verificar a pelagem dos animais frequentemente, especialmente em áreas quentes e úmidas, pode ajudar a detectar a presença de pulgas ou sinais de sua atividade. Ademais, a higiene dos ambientes deve ser mantida, com a limpeza de pisos, tapetes e móveis, evitando que os ovos e as larvas se proliferem.
Por fim, consultas regulares ao veterinário são essenciais na luta contra pulgas. Um profissional pode oferecer orientações personalizadas sobre os melhores produtos a serem utilizados e verificar a saúde geral do animal, prevenindo problemas que possam facilitar infestações. Assim, a combinação de cuidados com o animal, limpeza do ambiente e acompanhamento veterinário é a melhor estratégia para manter as pulgas à distância.
Curiosidades e mitos comuns
· Verdades:
o Pulgas podem jejuar por meses antes de encontrar um hospedeiro.
o Uma fêmea põe até 50 ovos por dia.
· Mitos:
o "Pulgas só atacam animais sujos" → Falso (infestam até ambientes limpos).
o "Pulgas morrem sozinhas" → Falso (sem tratamento, a infestação persiste).
As pulgas são insetos que atraem a atenção não apenas pela sua habilidade de incomodar pets e humanos, mas também pelo rico folclore que as cerca. Um dos mitos mais recorrentes é que as pulgas são capazes de saltar longas distâncias. Embora a afirmação tenha fundamento, é exagerada; as pulgas podem saltar até 200 vezes o comprimento do seu próprio corpo, mas isso ainda representa uma distância curta em termos absolutos. Essa habilidade notável é um dos motivos pelos quais é difícil erradicá-las, uma vez que conseguem se afastar rapidamente de ameaças.
Outro mito popular afirma que as pulgas são apenas um incômodo para os animais de estimação, mas isso não é verdade. Estes parasitas podem infetar humanos, resultando em coceira e reações alérgicas severas. Além disso, as pulgas são conhecidas por transmitir doenças, como a bactéria Yersinia pestis, que causa a peste bubônica, embora essa incidência seja raríssima nos dias de hoje.
A cultura popular frequentemente retrata pulgas de maneira exagerada. Por exemplo, em contos e poesias, elas são muitas vezes descritas como criaturas traiçoeiras, potencialmente associadas a aspectos negativos da higiene pessoal e do ambiente. Na verdade, as pulgas podem infestar até os locais mais limpos, já que seus ovos são facilmente transportados em roupas ou objetos. Assim, é crucial eliminar a fonte de infecção e não apenas os indivíduos visíveis.
Por fim, outro aspecto a ser considerado é o ciclo devida das pulgas, que pode durar meses dependendo das condições ambientais. Este conhecimento é vital para aqueles que desejam combater efetivamente a infestação. Entender não apenas os hábitos das pulgas, mas também a verdade por trás dos mitos comuns, nos permite enfrentar melhor estas pragas desafiadoras.
Complicações Raras das Infestações por Pulgas
. Complicações (Raras)
· Anemia (em filhotes ou animais debilitados).
· Infecções secundárias (por coçar as picadas).
· Doenças transmitidas:
o Tifo murino (Rickettsia typhi).
o Peste bubônica (Yersinia pestis – rara hoje).
o Verminoses (como Dipylidium caninum).
As pulgas, embora frequentemente consideradas apenas um incômodo, podem causar complicações raras que vão além da simples coceira e desconforto. Essas complicações, que afetam tanto animais quanto humanos, devem ser levadas em consideração para assegurar o bem-estar geral e a saúde adequada dos envolvidos. É importante observar que a infestação por pulgas pode facilitar a transmissão de doenças, que, em situações severas, tornam-se um risco significativo.
Uma das doenças mais notórias associadas às pulgas é a peste, que pode ser transmitida por pulgas infectadas com a bactéria Yersinia pestis. Embora a peste seja rara em muitos países, surtos podem ocorrer, principalmente em áreas onde os roedores, que servem como reservatórios, são comuns. Além disso, as pulgas também são vetores de outros patógenos que podem causar infecções em cães e gatos, como a dipilidiose, uma infecção causada por vermes que habitam o intestino dos hospedeiros.
Além dos riscos à saúde provocados por doenças, as infestações severas por pulgas podem levar a reações alérgicas significativas em animais, resultando em dermatites e outras condições cutâneas que exigem tratamento veterinário. Os sintomas podem incluir erupções cutâneas, perda de pelos e infecções secundárias na pele. Nos seres humanos, a exposição a picadas de pulgas pode resultar em reações alérgicas semelhantes, e, em alguns casos, em infecções bacterianas se as áreas afetadas forem arranhadas.
Portanto, é imperativo entender que o controle e o tratamento adequados das infestações por pulgas não são apenas questões de conforto, mas também aspectos fundamentais para prevenir complicações de saúde, tanto para os animais quanto para os humanos. Medidas preventivas eficazes e a desinfecção do ambiente são estratégias essenciais para reduzir os riscos associados a essas complicações.
Referências
COSTA, L. M. et al. Infestação por pulgas em cães e gatos: aspectos clínicos e controle. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, Jaboticabal, v. 19, n. 2, p. 76–82, 2010.
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HINK, W. F. Veterinary entomology. 1. ed. Burlington: Academic Press, 2001.
LINARDI, P. M.; GUIMARÃES, L. R. Sifonápteros do Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
WALL, R.; SHEARER, D. Veterinary ectoparasites: biology, pathology and control. 2. ed. Oxford: Blackwell Science, 2001.

Como Citar:
Portal CONSTRUINDO SABERES. CARVALHO, L. M. de; BRITO, L. F.; AFONSO, G. M.; ROCHA, D. C. C. Pulgas Pule Fora!. Disponível em: https://drzooeco.com/sucessao-familiar rural. Série: Zoologia/ Bem Estar Animal/Pulgas. Artigo técnico/Conscientização/Ponto de Vista nº 1. Publicado em 2025. Acesso em DIA/ MÊS/ ANO
